sábado, 4 de julho de 2009

04.07.2009 - Convite para o lançamento do livro "Cambão, a face oculta do Brasil", de Francisco Julião

México, 1976
Registro de 70 anos
Francisco Julião Arruda de Paula - filho do Major Adauto Barbosa de Paula e Maria Lydia Arruda de Paula, ela, filha do Bacharel Manoel Tertuliano Travassos de Arruda e Flora Gonçalves Lins e Arruda.

Divulgamos convite para o lançamento do livro "Cambão, a face oculta do Brasil", de Francisco Julião, que ocorrerá no dia 10.07.2009, às 19:00 horas, na Livraria Cultura - Paço Alfândega, Recife Antigo, Recife (PE)


Em pesquisa em sites de busca (Google) poderá ser encontrado vasto conteúdo sobre o ilustre Francisco Julião Arruda de Paula. Incluímos neste, o contido em http://www.alepe.pe.gov.br/sistemas/perfil/parlamentares/FranciscoJuliao/19.html , "Luta, paixão e morte de um agitador" , de Vanteck Santiago:

O OUTONO DO PATRIARCA
Dificuldade financeira, autocríticas, México - o exílio
O período que Julião passou no México é o menos conhecido para o público. Assim como outros brasileiros que defendiam o socialismo, ele não quis ir morar em Cuba, apesar do bom relacionamento que tinha com Fidel Castro, e de ter enviado os filhos para lá.
No início, ele ficou na Cidade do México, mas depois fixou residência em Cuernavaca, conhecida como a cidade das flores.
No exílio, ele fez, pelo menos, duas autocríticas em relação à sua atuação no Brasil pré-64.
A primeira: "Naquele tempo eu via os problemas do Brasil e da América Latina através das Ligas Camponesas, através do Nordeste, através da minha região conflitiva, atrasada e dominada pelas forças oligárquicas mais retrógradas. Hoje, tenho uma visão mais distinta, porque vejo Pernambuco, o Nordeste e o Brasil através do mundo. A minha visão se universalizou. É essa a primeira crítica que faço a mim mesmo: ter tido uma visão local, estreita e regional".
A segunda autocrítica: "Eu me ative tanto ao problema camponês que cheguei a entrar em choque até com pequenos e médios agricultores - que eram aliados naturais do movimento camponês. Então, os pequenos e médios agricultores, pelo temor de perder os seus pedaços de terra - o que era bastante explorado pela imprensa burguesa -, buscavam aliança junto ao grande latifúndio. E o latifúndio é inimigo do pequeno e médio agricultor. Então, perdemos aliados importantes entre os pequenos e médios agricultores. Hoje, considero que estes pequenos e médios agricultores são aliados incondicionais e necessários para que se lute por uma reforma agrária no país e se melhore a situação do próprio camponês que não tem trabalho".
No México, Julião levou uma vida sem luxo, espartana, premida por dificuldades financeiras, sobretudo nos primeiros tempos de sua chegada ao país. Foi ajudado por amigos, que lhe conseguiram trabalho. Organizou um curso sobre Consciência Social e Ideologia Camponesa. Escreveu o livro Cambão, a face oculta do Brasil, publicado em vários países, incluindo Portugal, mas ainda inédito no Brasil. Publicava artigos regularmente no jornal El Dia e na revista semanal Siempre. Recebia uma pensão de cerca de 100 dólares, que depois a transferiu para a filha Isabela. Uma amiga conseguiu a edição em espanhol de Até Quarta, Isabela!, com dois mil exemplares, e lhe ofereceu: "Vendi muitos aqui, os amigos me compravam assim como pão quente. Durante alguns anos vivi dessas coisas. Me ofereceram a possibilidade de trabalhar em algum organismo, ser pesquisador em alguma universidade, mas não quis me ligar a nenhum. Se tomasse uma iniciativa dessa natureza me sentiria frustrado, tinha que buscar algo que estivesse ligado aos camponeses para não perder aquele contato e aquela embalagem. Não estou arrependido de ter passado todo esse tempo com dificuldades".
Em 1968 recebeu convite para dar palestras em universidades dos EUA. O pagamento seria razoável, e intelectualmente seria proveitoso - mas ele recusou. Sua explicação, dada em carta enviada ao professor James Wilkie, autor do convite, foi que, como "político militante de esquerda", não gostaria de visitar o o país que "estupidamente se lança contra todos os povos, motivado por ambições imperialistas". Sua permanência por algumas semanas nos EUA, dizia Julião, "soaria aos ouvidos da gente humildes do meu país, dos despossuídos e explorados, como uma concessão ao imperialismo ianque".
* * *
À medida que o tempo foi passando, ele foi se ambientando no México e logo travou contato com o camponês mexicano: "Cê sabe, deixar o Nordeste, onde havia uma mobilização de massas imensa... quando abria a porta da casa, no Recife, já havia 200 ou 300 camponeses esperando pela justiça, e eu tinha que conversar com cada um, escutar, ver como iria solucionar seus problemas, que eram os mais variados. De repente, chego a Cuernavaca, com esse clima, e tive a impressão, pelas flores e a beleza da paisagem, que havia chegado a Shangri-lá. Mas depois percebi que aqui também existe pobreza, desemprego, todos esses fenômenos de nossos países da América Latina. Larguei a caminhar por aí, duas ou três horas por dia, até descobrir o camponês trabalhando com sua enxada e ver que era o mesmo camponês do Nordeste, com os mesmos problemas, a mesma psicologia, a mesma filosofia, o mesmo mundo. Comecei a conversar com essa gente".
A partir dessa relação, Julião iniciou uma pesquisa sobre o herói da Revolução Mexicana, Emiliano Zapata (1879-1919); fez mais de 200 entrevistas com pessoas que haviam combatido com ele. O material, que ele esperava tornar-se livro, encontra-se, atualmente, numa instituição cultural mexicana, que o contratara para esse serviço. Ainda não foi publicado em livro.
No exílio, ele participou ativamente de articulações políticas com lideranças brasileiras e latino-americanas. No período de 15 a 17 de junho de 1979, em Lisboa, esteve presente ao Encontro dos Trabalhistas do Brasil com os Trabalhistas no Exílio, comandado pelo ex-governador Leonel Brizola, também exilado. Na iminência de retornar ao Brasil, beneficiados pela anistia, eles queriam reorganizar o PTB, aproveitando a força da legenda, a qual pertencera Getúlio Vargas, e dando-lhe uma acentuada feição esquerdista. No Encontro, entre outras coisas, foi aprovada a luta pela convocação de Assembléia Nacional Constituinte. A situação no campo brasileiro mudara, e Julião concordava com isso: "A penetração violenta do capital monopolista no Brasil (...) contribuiu para que o campo sofresse um abalo sísmico. O camponês que eu deixei no Brasil foi triturado, foi transformado num assalariado. Hoje, o fenômeno do bóia-fria merece a primazia de todo lutador social".
Com a anistia, sancionada em 28 de agosto de 1979, pelo presidente João Batista Figueiredo, o último general a ocupar o cargo desde o golpe militar, Julião pôde voltar ao Brasil. Chegou em 26 de outubro daquele ano, desembarcando no Rio de Janeiro, onde ficou alguns dias. Viajou para Pernambuco em 7 de novembro, onde foi recebido com grande festa.
No Brasil, Julião dedicou-se quase que integralmente à organização do partido, que seria liderado por Brizola. Em 12 de maio de 1980 eles sofreram um duro golpe político: a posse da sigla PTB foi conquistada no Tribunal Superior Eleitoral - por um grupo liderado por Ivete Vargas, contrário aos brizolistas e com perfil conservador. A Brizola não restou outro caminho senão fundar um novo partido, o PDT.

O Pacto da Galiléia
Em 1986 veio o gesto que surpreendeu o mundo político pernambucano: Julião, acompanhando o PDT, decidiu apoiar a candidatura do usineiro José Múcio Monteiro, do Partido da Frente Liberal (PFL), na disputa pelo Governo do Estado. O adversário era Miguel Arraes, então no PMDB. O apoio foi firmado por um acordo que recebeu o nome de "Pacto da Galiléia" - uma alusão ao Engenho Galiléia, onde a luta das Ligas Camponesas começara. Por esse "pacto", os usineiros se comprometiam a doar 10% de suas terras para a reforma agrária, caso José Múcio fosse governador.
No documento do "pacto", assinado por José Múcio e Julião, afirma-se: "É chegada a hora das grandes reformas sociais. É inaceitável um país rico com o povo pobre. É inaceitável o desnível de renda entre regiões e pessoas. É inaceitável a permanência de contrastes sociais que comprometam o futuro do país. A Zona da Mata é secular abrigo de acentuados contrastes sociais, Por aqui devem começar as grandes transformações. E no começo de tudo está a questão da terra".
Dizia ainda: "Para operacionalizar o Pacto contaremos com o apoio do Estado e de cada município da Zona Canavieira, já que a doação pura e simples da terra não basta para a consecução do seu principal objetivo, que é o de fixar a família camponesa à gleba nativa através de agrovilas, associações comunitárias, cooperativas e outras modalidades de organizações sociais, com a ajuda indispnesável de sindicatos de trabalhadores da agricultura e de todos os homens e mulheres de boa vontade".
A direita e os liberais comemoraram o apoio de Julião. A esquerda o considerou um "equívoco histórico" e ainda hoje não o assimilou.
O gesto de Julião foi criticado por antigos aliados e até pelos filhos dele - que se engajaram na campanha de Miguel Arraes, ficando contra o palanque do qual o pai fazia parte. Ao fazer isso, explicam os filhos, estavam sendo coerentes com as lições de independência que o pai, pelo exemplo, lhe ensinara.
Na época, floresceram diversas hipóteses tentando explicar a razão do seu gesto, mas até agora nenhuma adquiriu a reputação de "conclusiva". Uma delas, mais política, é que as forças organizadas em torno de Arraes temiam que a abertura democrática, então incipiente, não suportasse uma aliança Arraes-Julião. Seria dar uma coloração esquerdista demais à chapa da Oposição. Por isso, teriam dificultado sua inserção na aliança de esquerda. Outra, mais humana, é que Julião vira na união em torno de José Múcio e no "Pacto da Galiléia" uma forma de realizar o seu antigo sonho: a reforma agrária em Pernambuco. Esta foi a impressão que ele deixou em algumas pessoas com quem conversou muito antes de anunciar sua decisão. Era como se ele quisesse deixar algo prático, concreto, palpável, da luta que iniciara havia tanto tempo. Como se o visionário se visse diante da necessidade de viabilizar perante a História pelo menos uma parte, por menor que fosse, de suas visões.
Em entrevista ao Diario de Pernambuco, cerca de seis anos depois (24 de fevereiro de 1992), ele diria: "Vai passar mais algum tempo até que se entenda porque procurei o caminho mais difícil". E explicava: "O 'Pacto da Galiléia' foi um grito que dei com a sincera convicção de despertar a consicência dos empresários da cana para uma questão que ainda se arrasta, como uma sucuri insaciável, devorando milhares de seres humanos - homens, mulheres, crianças -, sobretudo estas, na zona mais próspera e menos afetada pelas secas que, periodicamente, nos flagelam com seu látego de fogo. Essa questão permanece como uma mancha ultrajante, um desafio, um insulto, uma vergonha para os pernambucanos de vergonha".
Mas, qualquer que tenha sido sua motivação, o fato é que a decisão lhe custou caro. O "Muro de Berlim", o físico e o simbólico, ainda não caíra. A divisão entre esquerda e direita permanecia muito clara. Os sinais do regime militar continuavam presentes demais para passarem despercebidos. Nesse período, ver Julião aliado com forças que estiveram ao lado dos seus algozes causava uma estranheza impossível de ser digerida com naturalidade. Para completar, na reta final a campanha de Múcio adquiriu - nos discursos, nos slogans, na propaganda eleitoral de rádio e TV - um ostensivo perfil anti-comunista. Ao final, Arraes ganhou com folga. Candidato a deputado federal, Julião obteve menos de 4 mil votos. Não conseguira arrebatar a confiança do eleitorado da direita, e perdera a simpatia do da esquerda.
A derrota, de certa forma, dificultou sua reinserção na vida política brasileira. Logo depois ele retornou para o México; ficou vindo ao Brasil esporadicamente. Voltou para nova temporada em 91, atendendo convite de Leonel Brizola, que se elegera governador do Rio de Janeiro e do qual se tornou assessor especial. Em Pernambuco o vitorioso ao governo fora Joaquim Francisco, do PFL, o mesmo partido de José Múcio - e Julião acreditou que o 'Pacto da Galiléia' pudesse ser ressuscitado. Não foi. Na mesma entrevista citada anteriormente, de 1992, Julião lamentava: "Lá se vai um ano de gestão e nada... Pergunto eu: será que o PFL vai deixar essa oportunidade de convocar os empresários canavieiros para cumprirem o 'Pacto'? Será que esses empresários se negariam a entregar, agora, os 10% de suas terras, solenemente prometidos, como consta de livro de ouro do 'Pacto', em meu poder?".
Mais uma vez, as terras que Julião queria ver divididas, não o foram. A estrutura fundiária do Brasil lhe inflingia uma segunda derrota. A primeira fora a da reforma agrária radical, luta da época das Ligas Camponesas; a segunda, a reforma agrária de consenso, como ele definira a proposta do 'Pacto da Galiléia'. Nos anos seguintes, sem mandato, sem tribuna, sem um movimento social para estar à frente, e ainda por cima enfrentando um país muito diferente daquele do início dos anos 60, Julião viu-se diante de um cenário extremamente adverso. Fazia parte da executiva nacional do PDT, continuava militando, divulgando suas idéias - mas sua influência estava muito distante daquela que tivera no passado.
Houve mesmo uma ocasião em que, no Rio de Janeiro, ao subir num ônibus pela porta em que a viagem era gratuita às pessoas com mais de 60 anos, o motorista o mandou descer. Julião não tinha a carteirinha que garantia o direito à gratuidade.
* * *
Em 1997, sem alarde, ele partiu para um novo exílio, voluntário, no México. Seria o último.
As dificuldades financeiras, que o acompanharam desde a mocidade, continuavam presentes em sua velhice. Não possuía nenhum bem. Casa própria, investimentos bancários, fonte de renda garantida, um plano de saúde de qualidade - nada.
Passou os últimos dias de sua vida longe dos embates políticos, isolado dos figurões da política brasileira, entregue à tarefa de revirar o seu passado para contá-lo nas memórias que havia anos estava escrevendo (e que continuam inéditas). Morava com a mulher, Marta Rosas, numa periferia do município de Tepoztlán, em um pequeno apartamento, sem água encanada, alugado, construído sobre uma espécie de bodega.
Em 10 de julho de 1999 enfrentou sua última batalha. Estava preparando uma macarronada quando se sentiu mal. Era um infarto. Ainda foi levado para um hospital, mas não havia mais o que fazer.
Aos 84 anos o agitador, enfim, se aquietava.


CRONOLOGIA
16 de fevereiro de 1915 - Nascimento de Francisco Juliano Arruda de Paula. O "Juliano", homenagem de sua mãe a um santo cuja festa era em fevereiro, foi depois transformado em "Julião".
16 de Dezembro de 1939 - Conclui o curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife.
1951 - Publica seu primeiro livro, Cachaça, um volume de contos, elogiado pelo sociólogo Gilberto Freyre, autor do prefácio.
1954 - Torna-se o primeiro deputado estadual eleito pelo PSB em Pernambuco, depois de duas tentativas (em 1945 e 1947) fracassadas.
1º de janeiro de 1955 - Faz a primeira visita ao Engenho Galiléia, em Vitória de Santo Antão, para dar apoio político e jurídico à Sociedade Agrícola e Pecuária dos Plantadores de Pernambuco (SAPPP), que iria tornar-se a mais célebre das Ligas Camponesas.
1958 - Reeleito deputado estadual.
7 de outubro de 1962 - Elege-se deputado federal.
31 de março de 1964 - Golpe militar. Julião está na Câmara dos Deputados, onde faz discurso exigindo reforma agrária e criticando os golpistas.
10 de abril de 1964 - É cassado com base no Ato Institucional Número 1.
3 de junho de 1964 - Escondido na zona rural próximo a Brasília, é preso e levado para Brasília.
27 de setembro de 1965 - Por meio de um habeas-corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é posto em liberdade, mas recebe um prazo de 24 horas para deixar o país.
28 de dezembro de 1965 - Viaja para o exílio no México.
28 de agosto de 1979 - O general João Batista Figueiredo, presidente da República, sanciona a Lei da Anistia. Julião é um dos beneficiados.
26 de outubro de 1979 - Desembarca no Rio de Janeiro.
7 de novembro de 1979 - Chegada a Pernambuco.
15 de novembro de 1986 - Candidato a deputado federal pelo PDT, em Pernambuco, apoiando a candidatura ao Governo do Estado de José Múcio Monteiro (PFL), obtém menos de 4 mil votos e não se elege. José Múcio é derrotado por Arraes.
10 de julho de 1999 - Morre em Tepoztlán (México), aos 84 anos, de infarto.

BIBLIOGRAFIA
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SOARES, José Arlindo. Nacionalismo e Crise Social: O Caso da Frente de Recife - 1955/1964. Tese de mestrado em Sociologia apresentada na UFPE, em 1989.

ENTREVISTAS FEITAS PELO AUTOR:
Com Alexina Crêspo (mulher de Julião) e filhos do casal: Anacleto, Anataílde e Anatólio, em setembro-outubro de 2001

ENTREVISTAS CONSULTADAS DE FRANCISCO JULIÃO:
À pesquisadora Eliane Moury Fernandes, do Cehibra (Centro de Documentação e Estudos de História Brasileira Rodrigo Mello Franco de Andrade), pertencente à Fundação Joaquim Nabuco. Julião concedeu essa entrevista em 1982, no Recife.
PASQUIM. Edições de 5 e 12 de janeiro de 1979.
Ao jornalista Geneton Moraes Neto, em 1983. Publicada no livro Cartas ao Planeta Brasil, do autor (Editora Revan, Rio de Janeiro, 1988).

OUTRAS FONTES:
- Discursos e requerimentos apresentados na Assembléia Legislativa por Julião no período (1955 - 1962) em que, por duas vezes, exerceu o mandato de deputado estadual
- Edições do Diario de Pernambuco de 31 de março e 3 de abril de 1991 e 24 de fevereiro de 1992

DADOS BIOGRÁFICOS DO AUTOR
Vandeck Santiago é jornalista. Iniciou a carreira no Diario de Pernambuco, em 1985. Em seguida trabalhou na Veja, TV Pernambuco (como Coordenador de Programação), Jornal do Brasil e Folha de São Paulo. Atualmente é repórter especial do Diario de Pernambuco.
Nasceu em Pesqueira (PE), em 11 de janeiro de 1962.

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